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Ambiente
Segunda, 19 de setembro de 2005, 12h40 
Sapos usados em testes podem ter espalhado doença
 
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Uma doença que ameaça a existência de anfíbios no mundo inteiro pode ter tido origem no uso de sapos em testes de gravidez, segundo cientistas. Essa teoria está em debate em uma conferência em Washington, onde os cientistas esperam fazer um plano para evitar a extinção de espécies de sapos, rãs e salamandras.

Nos anos 1930, sapos africanos que teriam contraído uma doença provocada por fungos foram exportados para uso em testes de gravidez de seres humanos. Isso teria levado à disseminação da doença conhecida em inglês como Chytridiomycosis, que é atualmente uma das grandes causas do declínio no número de anfíbios no mundo. Segundo a avaliação mais recente, quase um terço desse grupo de animais corre risco de extinção.

Injeção
Um grupo de pesquisadores liderados pelo cientista australiano Rick Speare lançou a teoria de que, na África, sapos e o fungo Batrachochytrium dendrobatidis (que causa a doença) tinham co-existido por um longo período, durante o qual o animal teria desenvolvido resistência ao mal.

Nos anos 1930 e 1940, fêmeas vivas de sapos da espécie Xenopus laevis foram levadas da África para testes de gravidez na Europa, Austrália, parte da Ásia e América do Norte, onde a doença teria acabado se espalhando para outros anfíbios.

Nos testes, uma amostra da urina da mulher era injetada na pele do sapo, e se a mulher estivesse grávida, um hormônio presente em sua urina provocaria ovulação no sapo. Outros testes envolviam machos e rãs que produziam espermatozóides em resposta à presença de hormônio na urina.

A origem e transmissão do fungo são assuntos-chave no seminário que avalia que mais de 1,8 mil espécies de anfíbios estão ameaçados de extinção. As causas do desaparecimento das espécies incluem a perda de habitat, devastação de florestas, mudança de clima e poluição, mas a infecção por fungo é considerada uma das principais.
 

BBC Brasil

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