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Praga de pastagem |
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 Uma árvore que chegou ao Brasil como
planta ornamental está causando prejuízo aos
agricultores de várias regiões do país. A reportagem
sobre espécies exóticas mostra o amarelinho no Paraná.
Uma folha de porte alto e que floresce durante o
inverno é o amarelinho. O nome científico é tecoma
stans e ela é nativa do norte do México e Estados
Unidos. Chegou ao Brasil como planta ornamental, mas se
espalhou com facilidade e hoje é catalogada como espécie
invasora. É uma praga de pastagem, como explicou o
agrônomo Walter Kranz, do Instituto Agronômico do
Paraná.
“Ele é de difícil controle e de rápida
regeneração. E a instalação por semente também é
bastante rápida” – esclareceu Kranz.
Segundo os
pesquisadores, as primeiras mudas do amarelinho foram
importadas para São Paulo no começo do século 19. A
espécie se espalhou rapidamente e hoje é considerado um
problema também em Mato Grosso, em Minas Gerais, no
Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Segundo Walter Kranz, é no Paraná que o
amarelinho causa mais dor de cabeça. Em todo o Estado,
vinte mil hectares estão tomados pela planta invasora. A
cada três anos a área infestada pelo amarelinho dobra e
está é a grande preocupação. Isso acontece por causa da
semente, que é muito leve e voa até dez quilômetros.
O técnico agropecuário da Secretaria da
Agricultura, Lucas Batista Neves, falou das técnicas
disponíveis para entrar nessa briga contra a invasora.
“O controle na área não mecanizada é muito caro,
deve em torno de R$ 0,30 a R$ 0,50 por pé. Na área
mecanizada o produtor entra com o trator de esteira, com
trator de pneus, com herbicidas e ao longo dos anos ele
consegue erradicar essa área” – explicou Neves.
O agricultor Jair Pereira foi de Minas Gerais
para criar gado em Nova América da Colina, região norte
do Estado. Em dez anos, das três propriedades que tem,
uma perdeu para o amarelinho.
“Você tem que
tombar e plantar outra cultura, como milho, algodão ou
soja, porque vem o maquinário que vai triturar as
raízes” – disse Pereira. |
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