ESPÉCIES INVASORAS SERÃO TEMA DE SIMPÓSIO DE ESPECIALISTAS EM BRASÍLIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005

(28.6.05) - O Brasil deverá ter até o final deste ano uma sólida base científica para desenvolver sua política ambiental com o objetivo de resolver um dos mais graves problemas que ameaçam a biodiversidade nacional: a invasão de espécies exóticas. Nos dias 4 a 7 de outubro deste ano, os mais importantes pesquisadores do assunto se reunirão em Brasília para o I Simpósio Brasileiro sobre Espécies Exóticas Invasoras. O evento é organizado pelo MMA/Ibama, The Nature Conservancy, Instituto Hórus, Instituto de Oceanografia da USP, Universidade Federal de Viçosa, Embrapa e Fiocruz. As inscrições podem ser feitas no endereço:www.mma.gov.br/invasoras. A participação é gratuita, mas deverá atender a pré-requisitos técnicos disponíveis no endereço de inscrição. A organização disponibilizou apenas 500 vagas.
Montado para divulgar e debater a questão das espécies exóticas invasoras, o evento também servirá para validar os dados do primeiro informe nacional sobre o tema elaborado com a participação do Instituo Hórus, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, Universidade de Viçosa, Fundação Oswaldo Cruz e Embrapa. Com a validação dos dados e com os demais produtos resultantes das plenárias e grupos de trabalho do simpósio, serão estabelecidas diretrizes que poderão orientar a elaboração de políticas públicas para o setor, bem como propostas para o monitoramento, o controle e o manejo de espécies invasoras, sejam elas animais, plantas ou microorganismos.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN, as espécies invasoras representam a segunda maior causa de perda de biodiversidade em todo o planeta. Perdem apenas para a destruição direta dos ambientes naturais, como o desmatamento, por exemplo. No Brasil, estima-se que existam pelo menos cerca de 500 espécies invasoras somente no grupo de fauna e flora terrestres. Muitos organismos aquáticos e microorganismos, em um número indeterminado ainda, também integram a lista que será conhecida de modo mais preciso após o simpósio. Nos últimos meses, instituições de pesquisa brasileiras se dedicaram a levantar dentro de suas áreas de atuação a ocorrência de espécies alienígenas. Foram investigados organismos terrestres, marinhos, aquáticos continentais, além daqueles que causam problemas à agricultura ou à saúde humana.
Algumas espécies exóticas invasoras, como o caramujo africano, o mexilhão dourado, a tilápia a leucena e o pinus, introduzidos no país com finalidades comerciais ou ornamentais, acabaram se estabelecendo no ambiente natural, representando um sério risco para as espécies nativas, seja pela competição por alimento, por espaço ou pela transmissão de doenças.
Segundo o Biólogo André Jean Deberdt da Coordenação Geral de Fauna do Ibama, "a supremacia das espécies invasoras provoca desequilíbrios ambientais nos nichos onde elas se inserem. Mais grave ainda são os patógenos que muitas vezes acompanham estas espécies, representando um grave risco para a fauna e flora nativas e para o homem".

Fonte: Ibama (http://www.ibama.gov.br/)
Assessoria de imprensa (Jaime Gesisky)

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